domingo, 26 de junho de 2011

“e o que eu senti há um tempo atrás…”

Para minha própria incredulidade, mudou.

Quer dizer, não mudou; eu só descobri que, afinal de contas, tu estavas certo: nós confundimos as coisas.

Você, o que sentia.

Eu, por quem sentia.

Parafraseando José de Alencar, como Pigmaleão eu acabei cinzelando uma estátua, e, como o artista mitológico, me apaixonei por minha criatura, da qual tu não és senão – perdoe-me a sinceridade – um esboço bastante grosseiro.

Enfim, não sei se devido ao tempo ou às mudanças ou aos dois, mas essa estátua ruiu.

 

Espero que sejas feliz, é.

Gosto de você.

 

Me aposentei da carreira artística.

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